DOI

10.21669/tomo.v0i0.7648

Abstract

Nas cidades brasileiras, talvez a atividade criminosa mais perturbadora seja a violência perpetrada pelos próprios agentes policiais. Este artigo é um convite e uma provocação à reconsiderar o pensamento científico social sobre a violência policial no Brasil. Ilustrado pela decisão judicial de uma cidade nordestina, na qual um homem negro venceu um processo contra o Estado por ter sido ilegalmente preso e abusado por um policial negro devido a racismo, este artigo investiga três paradoxos: brasileiros temem tanto a polícia quanto a criminalidade; policiais negros atacam cidadãos negros; e oficiais do governo negam responsabilidade ao estigmatizar a polícia por motivos raciais. Então, o artigo propõe uma leitura alternativa desses paradoxos que abre a possibilidade de repensar a reforma da polícia e argumenta que a democratização no Brasil está profundamente entrelaçada com o futuro dos seus cidadãos de pele mais escura. Palavras-chave: Racismo, Polícia, Violência, Crime Urbano, Justiça.

Document Type

Article

Publication Date

2017

Publisher Statement

Copyright © 2017 Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Sergipe. This article first appeared in Revista TOMO 31 (2017), 9-40.

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